Olá!
Depois de uma semana intensa no trabalho, quero compartilhar duas notas rápidas.
Continuo com as aulas de pole dance e estou encantado com o tanto que foi possível aprender e desenvolver em tão pouco tempo. Até agora fiz seis aulas de uma hora cada. Nas primeiras, mal conseguia me levantar na barra e passava dois ou três dias dolorido após o treino. Agora, as dores estão passando mais rapidamente, e talvez o mais importante, estou conseguindo fazer coisas muito bacanas.
Essa pose chama spiderman (homem aranha), e fiquei muito empolgado quando a professora falou que a faríamos. Gosto muito do Homem Aranha e até brinquei que era só para isso que eu havia me inscrito para as aulas de pole.
Se alguém me perguntasse há alguns dias se eu me imaginaria capaz de fazer o que estou fazendo nesta foto, eu diria que não. Estou firme na barra sustentado pelos pés e pela trava no sovaco direito. Firme, firme.
O que estou gostando no pole é que há momentos muito claros em que percebo meu avanço. Eu não conseguia me segurar na barra direito, alguns dias depois alcancei o teto. Agora fui capaz de fazer esse Homem Aranha, e brinquei em aula que meu próximo objetivo era ficar de cabeça pra baixo. “Não seja por isso”, disso a professora.
Ainda preciso de muito mais força e equilíbrio para brincar com a barra, mas já estou sendo capaz de tanto! Isso me motiva a continuar, e estou empolgado para compartilhar o que há de vir pela frente.
Tenho refletido muito sobre querer. Como eu sei o que quero?
Depois de pensar bastante, cheguei à conclusão de que normalmente quero mais das coisas que já sei que gosto – passar tempo com gente querida, jogar RPG, escrever – e, de resto, me empenho em evitar coisas que sei que não gosto – um dos motivos para eu querer mudar para o Japão é a minha sensação contínua de insegurança aqui no Brasil, que desejo parar de sentir.
Embora não seja sobre querer coisas, propriamente, o
escreveu um texto bacanudo sobre Como sair do Instagram. Recomendo demais a leitura, especialmente quando ele discute como nossas sensações físicas (e a lembrança delas) podem ser um recurso importante para nos ajudar a tomar decisões e caminhar na direção daquilo que a gente quer.Quero continuar fazendo pole dance porque gosto da sensação que sinto de cansaço produtivo, o corpo latejando e o coração a mil com a felicidade de conseguir fazer coisas novas. Não compro mais bolachas recheadas de morango porque lembro do sabor e não é algo que me anima, então fica fácil deixá-las de lado no mercado.
E no fim das contas, esse método de encontrar no corpo as respostas para o que quero ou não quero fazer tem tudo a ver com o que contei semana passada sobre consentimento somático. 🙃
Prometi que era curtinha a mensagem, e curtinha foi. Muito obrigado pela leitura!
Com carinho,
Tales
Parabéns pelo progresso no pole, Tales! É tão bom quando a gente se encontra numa atividade, né? Eu me sentia uma pata com tudo, e aí descobri a yoga e o tecido acrobático e foi MÁGICO. Pra gente que é muito "cabeça", é incrível descobrir que também somos "corpo". Beijão!