Obrigado pelo texto, Tales! Adorei a reflexão sobre escolhas e poder.
Quando você citou que as vezes se sente mau por ter acesso a determinadas possibilidades que a maioria das pessoas não tem, lembrei que já senti o contrário: me senti mal em ambientes e situações que antes eu via como inalcançáveis.
Algo como se eu não devesse estar ali, seja por não merecer ou por aquilo não fazer parte do meu “normal”, um gay do interior do nordeste, vindo de uma família de classe média baixa, que precisa estudar e trabalhar para se manter.
Quase sempre eram situações onde o fator dinheiro falava mais alto.
Tive essa experiência em algumas situações, nem todas vinculadas a dinheiro. Fiz ensino médio em um colégio frequentado por pessoas que tinham muito mais dinheiro que minha família, mas o que me pegou nessa experiência não era a diferença de acesso e sim a falta de entendimento sobre como estar lá. A mesma coisa aconteceu na faculdade, eu via as pessoas vivendo e fazendo coisas que eu não entendia como eram possíveis. Coisas simples: sair juntas, irem a festas, beberem no bar, eu não entendia esses rituais e processos. Passava o tempo todo achando que aquilo não era pra mim, que eu não pertencia lá. Reconheço que dinheiro e sua falta contribuam para isso e hoje me pego pensando com alguma frequência sobre o que posso fazer quando encontro outras pessoas que parecem se sentir deslocadas – seja porque aprenderam isso de experiências anteriores (ser gay e sofrer bullying é uma forma muito eficiente de fazer isso acontecer), seja porque de fato estão sendo colocadas de lado.
Há muita coisa a ser melhorada nesse mundo humano, né?
Demais! Ver textos como o seu, que trazem esses assuntos a tona pra discussões e conversas construtivas, me dá esperança de que conseguiremos melhorar muita coisa. 🙌
Obrigado pelo texto, Tales! Adorei a reflexão sobre escolhas e poder.
Quando você citou que as vezes se sente mau por ter acesso a determinadas possibilidades que a maioria das pessoas não tem, lembrei que já senti o contrário: me senti mal em ambientes e situações que antes eu via como inalcançáveis.
Algo como se eu não devesse estar ali, seja por não merecer ou por aquilo não fazer parte do meu “normal”, um gay do interior do nordeste, vindo de uma família de classe média baixa, que precisa estudar e trabalhar para se manter.
Quase sempre eram situações onde o fator dinheiro falava mais alto.
Tive essa experiência em algumas situações, nem todas vinculadas a dinheiro. Fiz ensino médio em um colégio frequentado por pessoas que tinham muito mais dinheiro que minha família, mas o que me pegou nessa experiência não era a diferença de acesso e sim a falta de entendimento sobre como estar lá. A mesma coisa aconteceu na faculdade, eu via as pessoas vivendo e fazendo coisas que eu não entendia como eram possíveis. Coisas simples: sair juntas, irem a festas, beberem no bar, eu não entendia esses rituais e processos. Passava o tempo todo achando que aquilo não era pra mim, que eu não pertencia lá. Reconheço que dinheiro e sua falta contribuam para isso e hoje me pego pensando com alguma frequência sobre o que posso fazer quando encontro outras pessoas que parecem se sentir deslocadas – seja porque aprenderam isso de experiências anteriores (ser gay e sofrer bullying é uma forma muito eficiente de fazer isso acontecer), seja porque de fato estão sendo colocadas de lado.
Há muita coisa a ser melhorada nesse mundo humano, né?
Demais! Ver textos como o seu, que trazem esses assuntos a tona pra discussões e conversas construtivas, me dá esperança de que conseguiremos melhorar muita coisa. 🙌