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Avatar de Susana Souza

Tales, não sei se já expressei isso, mas você é uma pessoa muito querida. Celebro sua existência e sua coragem, sua disponibilidade ao diálogo. Você é uma daquelas pessoas que conheci e que significam algo para mim (parafraseando a música). Ao ler esta sua carta uma tristeza que guardo no fundo de minha alma também emergiu, porque eu já me frustrei muito ao perceber que não consegui construir uma realidade compartilhada com pessoas queridas. Acho que o afeto cria uma zona cinzenta em que expectativas/fantasias se sobrepõem às necessidades e, por vezes, desorganiza nossas estratégias ao lidar com a reação do outro às nossas ideias/ações (acho que a recíproca também é verdadeira). Concordo com você: seres humanos são muito complexos. Gostei bastante da trilha sonora. Abraço fraterno! 💚

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Avatar de Tales Gubes

Afeto tem a ver com afetar-se, né? E dá um medo danado, ao menos em mim, porque sem afeto tenho tudo controladinho, mas falta alma. O jeito é aprender a viver com essa turbulência contínua, às vezes discreta, às vezes montanha-russa. Obrigado por caminhar por perto! ❤

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Avatar de Susana Souza

Eu li sua resposta e, como imaginei antes, as suas lentes (como as minhas) pousaram sobre o afeto. Dei um Google e me deparei com esse podcast que explica a diferença entre afetar-se e envolver-se: https://youtu.be/oUBo8lxcj6A

Acho que você vai gostar do conteúdo.

Voltando para cá, penso que às vezes, para além de afetar-se, nos envolvemos demais e, com o emaranhado que isso provoca, nós perdemos a objetividade (descolamos da nossa própria realidade; imagine o que acontece com a realidade compartilhada que tentamos construir!). Daí nascem os desentendimentos, que viram conflitos, que podem, no limite, escalar para a violência.

É um exercício diário manter a sanidade e aventurar-se no encontro de almas.

Caminhar perto de você é muito bom e estimula em mim o gosto de escrever!

Receba o meu carinho!

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Avatar de Tales Gubes

Gostei dessa distinção entre afetar-se e envolver-se. Me lembra, nas conversas sobre empatia, a questão de "contaminação empática" (esse é o termo que me veio à memória, mas não tenho certeza se é o termo utilizado de fato), quando não apenas reconhecemos o que a outra pessoa está sentindo (tanto cognitiva quanto afetivamente) mas absorvemos e sentimos juntos, o que pode acabar sendo uma experiência desgastante.

Piadinha: achei engraçado como o momento mansplaining a tela fica cinza e a apresentadora olha para a câmera com um certo distanciamento.

Pois é... manter a proximidade com a realidade (ou o que achamos que ela seja!) me parece um exercício fundamental, especialmente com os ímãs emocionais das nossas relações 😅

Seguimos juntos com a escrita! ✍

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