Penso ser bastante importante termos a noção do que somos e onde precisamos melhorar, não apenas para os outros, pelo amor ao próximo, pela empatia etc., mas por nós. Para que façamos seja lá o que com a consciência de que temos muito a melhorar. Hoje, depois de ter passado e ainda passar por tantas coisas, é assim que encaro. Não me cobro como antes, procuro sim melhorar a cada dia, mas no meu tempo, respeitando minhas limitações. Tornei-me mais leve agindo assim.
Eu tenho sido capaz de me oferecer autocompaixão. Parece contraditório, mas acredito que conseguir cuidar de mim é importante para que eu possa cuidar de outras pessoas também. Estou reparando os momentos em que "travo" e fico sem saber como lidar com a humanidade alheia, e mesmo que por ora não esteja ainda sabendo "resolver", tenho conseguido respirar e entender que é assim que tenho conseguido viver. Continuarei buscando formas de me sentir mais coerente com os valores que busco preservar, mas enquanto não as encontro, não será a autochibata que me fará companhia ❤
Para além da questão da empatia, encarar a miséria não é fácil, porque ela nos faz lembrar do pior de nós mesmos. E eu acredito que a (auto)compaixão só é possível quando abraçamos não só o que é bom em nós mesmos, mas também as nossas sombras, reconhecendo que somos imperfeitos. Como encarar então a face da fome? No meu caso, eu sei que poderia muito bem ser eu ali pedindo comida em papéis trocados. Mas também há dias em que é difícil lidar com tanta realidade. Queremos viver o ideal de mundo sem dor. Quando viajei para SP, vi muita desesperança no olhar das pessoas, como se estivessem mortas vivas (e não só nas pessoas que moram na rua), mais do que aqui no Rio. Não podemos deixar de sentir e refletir. A maioria se anestesia para não sentir essa contradição, porque ela é dolorosa mesmo, mas necessária para não virarmos hipócritas. O medo de encarar o outro é sempre o medo de encarar nosso olhar refletido. O ideal de nós mesmos despedaçado.
Bah, faz muito sentido para mim que haja um ideal despedaçado nesse olhar. Não quero deixar de sentir nada desse embrulho mental porque acredito que é esse embrulho que me possibilita continuar buscando formas de existir de forma mais alinhada com o que eu quero para o mundo. Obrigado por estar por perto! 🤗
Penso ser bastante importante termos a noção do que somos e onde precisamos melhorar, não apenas para os outros, pelo amor ao próximo, pela empatia etc., mas por nós. Para que façamos seja lá o que com a consciência de que temos muito a melhorar. Hoje, depois de ter passado e ainda passar por tantas coisas, é assim que encaro. Não me cobro como antes, procuro sim melhorar a cada dia, mas no meu tempo, respeitando minhas limitações. Tornei-me mais leve agindo assim.
Eu tenho sido capaz de me oferecer autocompaixão. Parece contraditório, mas acredito que conseguir cuidar de mim é importante para que eu possa cuidar de outras pessoas também. Estou reparando os momentos em que "travo" e fico sem saber como lidar com a humanidade alheia, e mesmo que por ora não esteja ainda sabendo "resolver", tenho conseguido respirar e entender que é assim que tenho conseguido viver. Continuarei buscando formas de me sentir mais coerente com os valores que busco preservar, mas enquanto não as encontro, não será a autochibata que me fará companhia ❤
Para além da questão da empatia, encarar a miséria não é fácil, porque ela nos faz lembrar do pior de nós mesmos. E eu acredito que a (auto)compaixão só é possível quando abraçamos não só o que é bom em nós mesmos, mas também as nossas sombras, reconhecendo que somos imperfeitos. Como encarar então a face da fome? No meu caso, eu sei que poderia muito bem ser eu ali pedindo comida em papéis trocados. Mas também há dias em que é difícil lidar com tanta realidade. Queremos viver o ideal de mundo sem dor. Quando viajei para SP, vi muita desesperança no olhar das pessoas, como se estivessem mortas vivas (e não só nas pessoas que moram na rua), mais do que aqui no Rio. Não podemos deixar de sentir e refletir. A maioria se anestesia para não sentir essa contradição, porque ela é dolorosa mesmo, mas necessária para não virarmos hipócritas. O medo de encarar o outro é sempre o medo de encarar nosso olhar refletido. O ideal de nós mesmos despedaçado.
Bah, faz muito sentido para mim que haja um ideal despedaçado nesse olhar. Não quero deixar de sentir nada desse embrulho mental porque acredito que é esse embrulho que me possibilita continuar buscando formas de existir de forma mais alinhada com o que eu quero para o mundo. Obrigado por estar por perto! 🤗
Obrigada também por tudo e tanto <3