Tales querido. Apesar de nunca haver deixado um comentário antes, eu venho lendo seus textos nos ultimos 6-9 meses, e sou apaixonada pela forma como você se expressa e me faz refletir, me educa, me questiona de forma leve e sútil, e me faz pensar a partir de diferentes pontos de vista. Adoro como você faz relatos de si mesmo transbordados de antecedentes sócio-econômico-culturais. No momento propício quero muito fazer parte do Ninho de Escritores. Um abraço muito forte, Helo.
Heloise, li teu comentário com um sorriso crescente no rosto! Muito obrigado por esse afago ❤ e será um prazer te receber no Ninho de Escritores quando o momento chegar 🤗
Ótimas reflexões! A partir delas, fiquei pensando aqui no seguinte: como manter relações duradouras e reais nesse contexto de capitalismo acirrado em que tudo vira mercadoria, inclusive (e principalmente) o tempo? Se temos que "transformar" o tempo em dinheiro, porque esse é o jogo e não temos como sair dele, afinal temos que sobreviver, como manter algo tão frágil quanto a amizade, que, como uma orquídea, demanda grande esforço de tempo e manutenção contínua? Digo amizade para além de associações por necessidade seja de algum projeto, seja de trabalho (inevitavelmente passageiras). Se a lei é a da impermanência (das relações), estaríamos fadados ao fim da amizade como relação afetiva íntima ou isso já seria em si uma idealização?...
Acho que amizades e relações vão acabar porque tudo acaba. Isso dito, creio que tratar as relações como artigo de consumo ("o que pode me acrescentar?", "vale o meu investimento?") é certamente algo que colabora para que ou acabem mais cedo, ou se diluam entre outras prioridades. Quando tudo tem que ser útil e produtivo, inclusive nossos afetos, não tenho dúvidas de que a qualidade da nossa experiência (e presença) se perde :(
Gostei demais do texto, obrigado por partilhar. Atuo em finanças e geralmente conteúdos sobre dinheiro me interessam. Eu também partilho do mesmo pensamento. Nos últimos meses estou estudando bastante sobre a formação social, sobre o socialismo e formas mais dignas para a convivência humana. Todo o texto é interessante, mas especificamente dois pontos me chamaram atenção: i) o dinheiro é invisível e, é uma ferramenta de poder e, ii) você usar os recursos do capitalismo para criar algo mais humano no Ninho dos escritores.
Penso que precisamos tornar as dinâmicas de poder visíveis para que possamos fazer algo a respeito delas, sendo o dinheiro uma das mais evidentes, já que condiciona nossas possibilidades de existir e fazer coisas, seja sozinhos, seja em conjunto.
Tales e Suzane, o filme The Banshees of Inisherin com Colin Farrel, aborda este tema tão importante da importância de enfrentar as mudanças internas frente aos altos e baixos de uma amizade longa/relacionamento e as consequências das escolhas que fazemos.
Tales querido. Apesar de nunca haver deixado um comentário antes, eu venho lendo seus textos nos ultimos 6-9 meses, e sou apaixonada pela forma como você se expressa e me faz refletir, me educa, me questiona de forma leve e sútil, e me faz pensar a partir de diferentes pontos de vista. Adoro como você faz relatos de si mesmo transbordados de antecedentes sócio-econômico-culturais. No momento propício quero muito fazer parte do Ninho de Escritores. Um abraço muito forte, Helo.
Heloise, li teu comentário com um sorriso crescente no rosto! Muito obrigado por esse afago ❤ e será um prazer te receber no Ninho de Escritores quando o momento chegar 🤗
Ótimas reflexões! A partir delas, fiquei pensando aqui no seguinte: como manter relações duradouras e reais nesse contexto de capitalismo acirrado em que tudo vira mercadoria, inclusive (e principalmente) o tempo? Se temos que "transformar" o tempo em dinheiro, porque esse é o jogo e não temos como sair dele, afinal temos que sobreviver, como manter algo tão frágil quanto a amizade, que, como uma orquídea, demanda grande esforço de tempo e manutenção contínua? Digo amizade para além de associações por necessidade seja de algum projeto, seja de trabalho (inevitavelmente passageiras). Se a lei é a da impermanência (das relações), estaríamos fadados ao fim da amizade como relação afetiva íntima ou isso já seria em si uma idealização?...
Acho que amizades e relações vão acabar porque tudo acaba. Isso dito, creio que tratar as relações como artigo de consumo ("o que pode me acrescentar?", "vale o meu investimento?") é certamente algo que colabora para que ou acabem mais cedo, ou se diluam entre outras prioridades. Quando tudo tem que ser útil e produtivo, inclusive nossos afetos, não tenho dúvidas de que a qualidade da nossa experiência (e presença) se perde :(
Gostei demais do texto, obrigado por partilhar. Atuo em finanças e geralmente conteúdos sobre dinheiro me interessam. Eu também partilho do mesmo pensamento. Nos últimos meses estou estudando bastante sobre a formação social, sobre o socialismo e formas mais dignas para a convivência humana. Todo o texto é interessante, mas especificamente dois pontos me chamaram atenção: i) o dinheiro é invisível e, é uma ferramenta de poder e, ii) você usar os recursos do capitalismo para criar algo mais humano no Ninho dos escritores.
Oi, Maxmilliano! Obrigado pelo comentário 😊
Penso que precisamos tornar as dinâmicas de poder visíveis para que possamos fazer algo a respeito delas, sendo o dinheiro uma das mais evidentes, já que condiciona nossas possibilidades de existir e fazer coisas, seja sozinhos, seja em conjunto.
Tales e Suzane, o filme The Banshees of Inisherin com Colin Farrel, aborda este tema tão importante da importância de enfrentar as mudanças internas frente aos altos e baixos de uma amizade longa/relacionamento e as consequências das escolhas que fazemos.
Ah bacana, dei uma leve pesquisada sobre o filme e parece bacana! Obrigado pela indicação 😊